

Há muito tempo tem sido associado com o mistério e a magia. O pentagrama invertido foi usado por Satanistas medievais em suas cerimônias que eram, simplesmente, o invers do Crisianismo e uma rebelião contra mesmo. Esse pentagrama era um símbolo mágico, oposto ao simbolo religioso. No século 19 o mágic Eliphas Levi foi quem, oficialmente, caracterizou o pentagrama como um símbolo do "mal". A ponta de baixo, estaria apontando para o inferno. O pentagrama invertido, frequentemente, aparece com a imagem de Baphomet (cabeça de bode) que é o símbolo "oficial" do satanismo.
O Ritual do Pentagrama Invertido ou RPI precede e encerra toda espécie de ritual praticada pelo satanista, salvo ocasiões em que o próprio ritual não aconselhe este procedimento. Isso ocorre porque, em primeiro lugar, esse ritual serve para revitalizar as forças psíquicas do praticante colocando-o em uma postura mental adequada e preparando-o para o ritual propriamente dito. É como se os pentagramas abrissem os portais do Inferno, para onde o satanista se projeta com a intenção de fazer a sua magia. Esse ritual é dividido em cinco etapas:
O Estabelecimento da Árvore da Vida; A Invocação/Banimento com os Príncipes Coroados do Inferno; Conjuração dos Quatro Demônios Dirigentes; Invocação a Satã; Encerramento.
pentagrama normal

A humanidade sempre teve ao seu redor um mundo de
forças e energias ocultas que muitas vezes não conseguia compreender nem
identificar. Assim sendo, buscou ao longo dos tempos, proteção a esses perigos
ou riscos que faziam parte de seu medo ao desconhecido, surgindo aos poucos
muitos objetos, imagens e amuletos, criando-se símbolos nas tradições de cada
povo.
O pentagrama está entre os principais e mais conhecidos símbolos,
pois possui diversas representações e significados, evoluindo ao longo da
história. Passou de um símbolo cristão para a atual referência onipresente entre
os neopagãos com vasta profundidade mágica.
Origens e
difusões
Num dos mais antigos significados do pentagrama, os Hebreus
designavam como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco
livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Na Grécia Antiga, era
conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.

A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram
exploradas por Pitágoras e posteriormente por seus seguidores, que o
consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida
como A Proporção Divina, que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser
observada nos projetos de alguns templos. Era um símbolo divino para os druidas.
Para os celtas, representava a deusa Morrighan (deusa ligada ao Amor e a
Guerra). Para os egípcios, era o útero da Terra, mantendo uma relação simbólica
com as pirâmides.
Os primeiros cristãos tinham o pentagrama como um símbolo das
cinco chagas de Cristo. Desse modo, visto como uma representação do misticismo
religioso e do trabalho do Criador. Também era usado como símbolo da comemoração
anual da visita dos três Reis Magos ao menino Jesus. Ainda, em tempos medievais
era usado como amuleto de proteção contra demônios.
Os Templários, uma ordem de monges formada durante as Cruzadas,
ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que
se juntavam à ordem; além de grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na
localização do centro da Ordem dos Templários, ao redor de Rennes du Chatres, na
França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas
montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro. Ainda é possível
perceber, a profunda influência do símbolo, em algumas Igrejas Templárias em
Portugal, que possuem vitrais na forma de Pentagramas. No entanto, Os Templários
foram dizimados pela mesquinhez da Igreja e pelo fanatismo
religioso de Luis IX, em 1303. Iniciou-se assim a Idade das Trevas, onde se
queimavam, torturavam e excomungavam qualquer um que se opusesse a Igreja.
Durante esse longo tempo de Inquisição, a igreja mergulhou no próprio diabolismo
ao qual se opunha. Nessa época o pentagrama simbolizou a cabeça de um bode ou do
diabo, na forma de Baphomet, o mesmo que a Igreja acusou os Templários
de adorar. Assim sendo, o pentagrama passou de um símbolo de segurança à
representação do mal, sendo chamado de Pé da Bruxa. Assim, a
perseguição da Igreja fez as religiões antigas se ocultarem na
clandestinidade.

Ao fim da era das Trevas, as sociedades secretas começam
novamente a realizar seus estudos sem o medo paranóico das punições da Igreja.
Ressurge o Hermetismo, e outras ciências misturando filosofia e alquimia.
Floresce então, o simbolismo gráfico e geométrico, emergindo a
Renascença numa era de luz e desenvolvimento. O pentagrama agora,
significa o Microcosmo, símbolo do Homem de Pitágoras representado
através de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em
forma de cruz (O Homem Individual). A mesma representação simboliza também o
Macrocosmo, o Homem Universal, um símbolo de ordem e perfeição, a
Verdade Divina. Agrippa (Henry Cornelius Von de Agrippa Nettesheim), mostra
proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a
Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo
período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do
Homem com o Universo.

Posteriormente, o pentagrama também foi associado aos quatro
elementos essenciais (terra, água, ar e fogo) mais o quinto, que simboliza o
espírito (A Quinta Essência dos alquimistas e agnósticos)
Na Maçonaria, o Laço Infinito (como também era conhecido
o pentagrama, por ser traçado com uma mesma linha) era o emblema da virtude e do
dever. O homem microcósmico era associado ao Pentalpha (a estrela de cinco
pontas), sendo o símbolo entrelaçado ao trono do mestre da Loja.
Com Eliphas
Levi (Alphonse Louis Constant), o pentagrama pela primeira vez, através de
uma ilustração, foi associado ao conceito do bem e do mal. Ele ilustra o
pentagrama microcósmico ao lado de um pentagrama invertido (formando a cabeça do
bode, Baphomet).
O pentagrama voltou a ser usado em rituais pagãos à partir de
1940 com Gerald Gardner. Sendo utilizado nos rituais simbolizando os três
aspectos da deusa e os dois do deus, surgindo assim a nova religião Wicca. Desse modo, o pentagrama
retoma sua força como poderoso talismã, ajudado pelo aumento do interesse
popular pela bruxaria e Wicca, que à partir de 1960, torna-se cada vez mais
disseminada e conhecida. Essa ascensão da Wicca, gera uma reação da Igreja da
época, chegando ao extremo quando Anton LaVey adota o pentagrama invertido (em alusão a Baphomet
de Levi), como emblema da sua Igreja de Satanás, e faz com que a Igreja Católica
considere que o pentagrama (invertido ou não) seja sinônimo de símbolo do Diabo,
difundindo esse conceito para os cristãos. Assim naquela época, os Wiccanos para
se protegerem dos grupos religiosos radicais, chegaram a se opor ao uso do
pentagrama.
Até hoje o pentagrama é um símbolo que indica ocultismo, proteção
e perfeição. Independente do que tenha sido associado em seu passado, ele se
configura como um dos principais e mais utilizados símbolos mágicos da cultura
Universal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário